NUNCA HAVIA CONHECIDO ALGUÉM
ASSIM!
Ah! Nunca negocie com alguém de
estomago vazio, assim costumavam alertar os mais antigos. E quando a negociação
envolve o seus sentimentos? Seria diferente?
Às vezes, vamos negociar nossa
vida depois de um de carência alimentar, longe dos nutrientes necessários para
a alma, em tese, sua capacidade de ver numa paçoca um jantar requintado, não é
incomum. Tão disputado, como uma luta greco- romana, que alguns pacientes, teimam em garantir que agora tudo é diferente,
pois garantem para mim que encontraram o
príncipe encantado.
De fato, como é bom ouvir certas
coisas depois de momentos de desatino, o problema não é o que se ouve, mas o
tanto que precisa acreditar naquilo. A
verdade é que você aceitou aquele convite querendo acreditar que podia ser
merecedora de toda a entrega e sinceridade que alguém podia ofertar.
A carência
afetiva, tal como a carência alimentar faz você não ter muito critério para
observar a origem da comida e ver se ela não está estragada ou vencida. A
pessoa faminta não sabe esperar, logo devora, urgentemente, o que está na sua
frente, embora muitas vezes sentindo o azedume de que está vencido.
Definitivamente, não existe problema algum em ouvir frases do tipo: - Essa
noite será inesquecível! Você é única! Quero você para o resto de minha vida! Você é
a mulher ideal! Você é perfeita! Não sei como não te conheci antes! Sou uma
pessoa de sorte! Você é incrível!
A questão passa pela velocidade
com que certas frases são ditas, quase sempre, a pressa aponta que a sinceridade
da declaração tenha o intuito apenas de impactar e seduzir. Assim sendo, da
mesma forma que o estomago vazio aceita qualquer coisa para a emergência de
saciar-se, também a alma sedenta de afeto se submete a ilusão de frases
construídas na fome de ser amada.
Marcos Bersam
Psicólogo
0 xx (32) 98839-6808
Email:marcosbersam@gmail.com
Instagram: psicologomarcosbersam
Excelente! Deveria existir remédio para tudo, principalmente para carência!
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