sábado, 31 de dezembro de 2011
ANO NOVO!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
DEZEMBRO É SEMPRE IGUAL
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
AONDE ESTÁ A ESTÁTUA DA RESPONSABILIDADE?
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
VIVEMOS ESPERANDO!
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Chuva e mais chuva!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
FRASE DO DIA
domingo, 4 de dezembro de 2011
QUEM NÃO TEM UMA ESTRANHA LOUCURA?
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
FRASE DO DIA.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
FRASE DO DIA
domingo, 27 de novembro de 2011
FRASE DO DIA
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
FRASE DO DIA
Victor Hugo
sábado, 19 de novembro de 2011
PSICOTERAPIA DIGITAL: PENSAMENTO DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
EM QUE FASE VOCÊ ESTÁ?
"Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."
terça-feira, 8 de novembro de 2011
ESQUEÇA DOS PROBLEMAS....
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
ARTIGO DO MÊS NOVEMBRO 2011
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NÃO TERMINO NADA QUE COMEÇO!
Olá amigos internautas é sempre a mesma coisa; não demora muito sempre aparece um cliente no consultório que vem com esse aforismo. Quando não é no consultório o incomodo torna-se maior ao ouvir uma mãe dizer pra mim “meu filho não faz isso porque não gosta”. E logo em seguida não precisa ser psicólogo para ver que a velocidade de começar é só menor do que o desejo de parar de fazer. E aí temos cada vez mais crianças educadas na pedagogia do gostou, fez ou não gostou, parou. E o incrível é que aparecem aqueles psicólogos que garantem que fazer sem vontade traumatiza. E por falar em traumatizar o palavrinha mal usada; mas isso é outro tema para um próximo artigo. Talvez por isso hoje em dia sejamos muitos bons para falarmos em direitos e muito débeis para entendermos deveres. A geração de hoje aprende com muita facilidade que ela tem direitos; são tantos direitos que nem mais sei qual o mais recente. Haja vista a quantidade de estatutos. A educação de hoje é centrada na idéia de que o princípio do prazer deve ser dilatado cada vez mais. É gostoso então faço. Se não é gostoso não é preciso fazer; ou melhor, posso ter a opção de deixar de lado ou adiar, contudo com a anuência dos pais. Não fazer só o que queremos é o principio da civilização; alguns valores e normas não podem ser negociados. Ou seja, você deve ser educado, desenvolver a cortesia; pensar no outro; entender a noção de limite, respeitar; ter disciplina. Na verdade se você fizer o que gosta estará fadado a deixar enraizar em você sua natureza primitiva e animalesca. Uma das formas de não terminar algo é querendo fazer tudo ao mesmo tempo ou não sabendo o que se quer. Quando não tenho uma meta tudo se torna atrativo e essa volatilidade de vocações esbarra na falta de foco e de metas. Querer sem ter estabelecido o que, quando e de que forma atingir é a forma mais fácil de não ter sucesso. E não ter descoberto sua vocação fará mais cedo ou mais tarde não ter forças para continuar e deixar abater sobre você a prostração. Ser generalista e não usar a especificidade é um perigo quando o assunto é objetivo e metas. Vamos dizer que você quer emagrecer; tudo bem, mas de que forma? Quanto? Em quanto tempo? Por qual motivo? Com ajuda de quem? De que maneira? A pirraça usada pelas crianças para evitar algo na vida adulta se transforma em condutas de adultos que fazem mal feito ou pela metade suas tarefas. Então é aquela velha estória sujeito faz um curso aqui, faz outro ali, começa muito inspirado hoje e amanhã desmotivado. Então temos aquela velha situação o sujeito teve sucesso porque fez o que gostava ou aprendeu a gostar do que fazia. Antes de gostar temos de conhecer, interagir, experimentar. Ninguém escolhe um destino de sua viagem de fim de ano pensando no motorista ou no piloto. Eles são parte da viagem sim, mas com certeza você não saberá o nome dele, não irá tirar fotos com ele e nem precisa gostar dele para ele te levar até o destino. Certo? Estou falando isso; pois temos jovens escolhendo ainda a profissão pensando em que disciplina escolar tem afinidade. Tais motivos são medíocres demais numa escolha; ninguém escolhe ir para o fim do mundo porque o piloto do avião tem os olhos azuis. Gosto de português farei isso, gosto de história faço aquilo, mas tem a matemática. A profissão tem que ser escolhida por um sentido maior não tão pequeno. A profissão tem que ter um propósito e tem que reunir a capacidade de proporcionar mudança na vida do outro. A profissão tem que ter entusiasmo, paixão, justiça, utilidade e sentido existencial. A capacidade de escolha de muitos sempre ficou embotada. De modo geral quem vai nos ajudar também não escolheu nada. Então as suas motivações não podem depender de estar gostando ou não; imagine se a sua capacidade de motivação estiver atrelada a algo tão volátil como prazer. Nunca se fez tanto o que se queria e nunca se teve tantas pessoas frustradas como hoje em dia. Nunca se teve tanta liberdade de escolha e nunca se ficou tão sem saber qual caminho seguir como nos dias atuais. Faculdades e cursos crescem na mesma velocidade da insatisfação profissional. Tem a máxima que gosto muito que o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário; na vida de modo geral o sucesso é colhido depois de muito esforço; disciplina; tenacidade e isso não é gostoso é muitas vezes doloroso. Na verdade muitos não terminam porque na verdade nunca começaram de verdade, imagino ser mais fácil dizer e afirmar que não terminou; pois quando falamos isso pressupomos que pelo menos tentamos. Alivia nossa culpa causada pela inércia e encarnamos o papel de vitimas. Eu sei que muitos vão discordar, mas começar pra mim é muito mais do que desejar, tentar ou arriscar. Ou apenas emprestar seu corpo a uma situação sem o entusiasmo, ímpeto e disciplina necessário. Quem sabe não falta você rever se você não termina nada que começou porque de fato nunca teve um começo?
Dr. Marcos Bersam
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
ARTIGO DO MÊS.
DESISTIR, FRACASSAR OU PERSISTIR
É sempre a mesma coisa não demora muito alguém fala: Eu desisti não estava dando certo! Seja em relação a um trabalho, um relacionamento ou uma idéia. De modo geral a empolgação de outrora cede lugar a prostração e ao desanimo. Na verdade fica a dúvida qual a linha que demarca a fronteira entre a sensatez de jogar a toalha e a falta de fé ou motivação para continuar. Na verdade muitos desistem dos sonhos e pensam que fracassaram; pois assumir um fracasso não é tarefa fácil. De certa forma desistir não é tão humilhante para a sociedade tal como a palavra fracasso; ou seja, desistir torna-se um atalho para não ser estigmatizado de fracassado. Imagino que vocês vão concordar que os fracassados de hoje são os desistentes de ontem. Afinal primeiro devemos definir o fracasso; enfim de que fracasso estamos falando? Do monetário, do afetivo, do profissional; espiritual ou existencial. De modo geral o sucesso numa área não convive com o fracasso em outra. Hoje em dia parece que o objetivo maior é o sucesso do ter; ou seja, acumular, disputar e esmagar o concorrente é a didática dos tempos atuais. Então o materialismo cada dia aumenta a legião de fracassados de plantão e uma vez amargurado com sua desistência o sujeito se vê compelido a arrastar mais alguém para comungar o mesmo sentimento de derrota e fracasso. Afinal a dor sentida junta isenta nossa culpa e responsabilidade sobre a inércia adota por nós. Enfim podemos dizer que definimos fracasso pela via da comparação; ou seja, o outro é a minha baliza é o indicador de quanto tive de sucesso. Com isso quase sempre adotar essa filosofia leva você a desenvolver a inveja e não ter como ponto de parâmetro você. A inveja joga um anestésico em sua alma. Podemos dizer que entorpecida essa última fica a deriva alimentada pela raiva e frustração. Acreditamos fracassados muitas vezes por estarmos alienados pela vontade do outro. Vejo pessoas que desistem porque não tem seus sonhos, apenas buscam o que lhe disseram ser mais sensato e oportuno. Então estudo e faço um curso superior pro meu pai, estudo porque todos na minha família estudaram, permaneço casado porque tenho filhos. Os fracassados de ontem são forjados na severidade da educação familiar dos dias atuais; onde o improviso não tem lugar e o erro é satanizado pela pressa capitalista de que tempo é dinheiro. Na verdade antes de acontecer o fracasso somos tangenciados pelo marasmo, pela falta de entusiasmo e pela ingratidão. E nessa confusão de conceitos vejo muitas crianças sendo educadas pensando que ter sucesso é ter fama; olha a confusão está formada. A fama pode vir a um preço muito alto; mas o sucesso não necessita da fama. Acredito que todas as pessoas bem sucedidas entendem os pequenos progressos, as conquistas singelas. A pessoa de sucesso não quer romper uma linha de chegada; pois muitas vezes isso é o primeiro passo para a aposentadoria existencial compulsória. E você pode atingir a fama sem ser bem sucedido. A fama hoje quase sempre pode ser financiada pelo cartão de crédito já o sucesso tem a ver com sentido, com o propósito que cada um atribui a sua vida. O sucesso não compactua com inutilidade existencial. O sucesso não é medido pela conta bancária ou através da velocidade que se troca de carro. A busca da fama obsessiva muitas vezes é para aplacar o complexo de inferioridade e a sensação de menos valia. Sentir-se invejado alimenta a alma já enferma ha tempos. Na verdade somos convidados a sempre imaginarmos que estamos a um passo do fracasso por não termos a fama. A fama é a vontade infantil de ser reconhecido; seja através da face book; seja através da lipo; ou seja, pela prótese de silicone recentemente financiada. E quem sabe que aí entra o conceito de perseverar que é pouco difundido; não somos ensinados a ter persistência. Temos que entender que esse conceito faz você trabalhar sem se preocupar com o resultado imediato. Na verdade a pressa de modo geral não permite perseverar. Quando temos pressa entendemos que não chegar no tempo que imaginamos a um objetivo é fracassar. O fracassado tem olhos para o que falta; ele na verdade carrega consigo a ingratidão renitente. O fracassado de plantão não é muitas vezes abençoado por ele amaldiçoar-se a si mesmo sem a intencionalidade do silêncio de sua insatisfação permanente. Então quando você não está ansioso e quer dar o melhor de si e empreender forças para lutar um pouco mais independente do tempo traçado mentalmente você consegue verdadeiros milagres. Então aquela velha estória já faz tanto tempo e nada; tenho que me formar até tantos anos; tenho que passar no vestibular; tenho que vender essa quantia em tanto tempo; tenho que casar até tantos anos; tenho que ter filhos até tal época. E como já dizia o velho Freud “se não quiséssemos ser tão bons seriamos melhores”. Quando fazemos o dever de casa diário e esquecemos momentaneamente que temos que ter sucesso; que precisamos da fama; que necessitamos de resultados a vida conspira a nosso favor. Na verdade muitos que chegaram ao topo são os que fracassaram momentaneamente; mas reuniram forçar e persistiram um pouco mais. O fracasso pode ser pedagógico e nos fazer crescer, amadurecer. Na verdade pessoas persistentes não são insistentes; pois essas por sua vez são tolas e não usam a capacidade de parar um pouco e refletir. Costumo falar o seguinte a diferença de insistente e persistente é a seguinte. Imagine dois amigos pescando o insistente quer pegar peixe num determinado local o outro muda; para; contorna o rio, lança a rede a noite, providencia o barco para ir para águas mais profundas. O rio é a vida; precisamos saber explorar as margens; as águas profundas. Entenderam? Os insistentes não demoram estufar o peito e dizerem: Eu tentei! Eu fiz tudo! A vida foi ingrata comigo! O insistente também se torna um fracassado que tem até um orgulho neurótico de sua derrota. Na verdade ser persistente às vezes é parar e mudar a estratégia; deixar o orgulho e a soberba de lado. O persistente não busca o sucesso por isso não encontra a derrota; ele não desiste porque sabe e tem certeza de que ele é responsável em grande parte pelos resultados. É difícil afirmar, mas a chance de você ter desistido ou insistido e muito maior do que a ter fracassado.
Dr.Marcos Bersam
olá amigos visitem o site www.marcosbersam.com.br e se puderem comentem os artigos. E pessoal paciência com a demora as vezes em postar algo novo. Mesmo que vocês não gostem sempre será no mínimo original.....rs. Estou postando no youtube uma série de videos sobre ciúme.
sábado, 22 de outubro de 2011
DOENÇA DO AMOR
ELE TEM CIÚME DE MIM PORQUE ME AMA. SERÁ?
Olá minha meia dúzia de leitores do site. Devo confessar que sempre sou sabatinado sobre esse tema nos lugares mais impróprios. Para entendermos ciúme temos que falar de inveja, raiva, complexo inferioridade, rivalidade; insegurança, infantilismo, culpa e principalmente medo. Podemos dizer que o medo vai mudando com a idade; ou seja, a criança recém nascida tem medo de barulhos altos e inesperados e aparição súbita de máscaras ou rostos que não sejam familiares. Uma criança por volta dos 06 anos tem medo do escuro ou do bicho papão já o adolescente tem medo da reprovação grupal ou do constrangimento social ocasionado quase sempre pelos pais, ou seja, os famosos “micos”; levar o filho na festa; buscá-lo na saída da balada. A mulher de 30 anos; as balzaquianas, de não casar; e o ancião medo da morte e da solidão. Com isso percebe-se que o medo ganha nuances de acordo com o período existencial do sujeito. Então podemos afirmar que o ciúme é a doença do amor e do medo. Como falei anteriormente um medo diferente, nesse caso medo do abandono, medo de ser preterido; medo da rejeição e de não ser suficientemente bom e atraente para o outro. A origem remonta a vida pregressa do sujeito ter sido ladeada de estórias de abandono; maus tratos; abusos sexuais; doença e risco iminente da morte de um dos pais ou o complexo de Édipo mal resolvido. E quando o sujeito ingressa na vida adolescente e adulta e começa a se envolver afetivamente com um parceiro tais medos que estavam latentes se atualizam de maneira exponencial nas relações. Podemos dizer que as crises de ciúmes de hoje nasceram num passado bem distante e que a tentativa de proteger o relacionamento é uma forma desesperada de reparar as cicatrizes emocionais de outrora. O ciúme é um conjunto de reações frente a uma ameaça real ou imaginária; podemos dizer que todo sujeito medianamente “normal” tem noção do perigo. E aí nos preparamos para lutar ou fugir. Só que algumas pessoas ficam alarmadas por situações apenas imaginárias. Há uma desproporcionalidade entre a ameaça e o perigo real. Imaginemos que você é assaltado; ou atacado por um animal feroz diante dessa situação há um perigo real que justifica toda a conduta de pânico; mas ao contrário você vê uma borboleta ou uma barata e fica sem voz; taquicardia; sudorese e em estado catatônico. Na verdade a ameaça é imaginária e desproporcional ao fato. É isso que a Psicologia chama de neurose. O ciumento sataniza o rival; ora sendo a família; ora o trabalho ou mesmo uma pessoa. O ciumento patológico sempre sabota o crescimento existencial do seu parceiro; pois sabemos que para evoluir precisamos da liberdade e essa traz consigo insegurança e riscos. E isso é tudo que o ciumento quer evitar. O controle da situação é buscado a todo custo. Ele costuma dizer e querer afirmar que é bobagem a mulher malhar; trabalhar fora de casa; ou ter amigos. Ou seja, o ciumento quer escolher as amizades; os programas; os lugares que a pessoa possa freqüentar. Ele pretende oferecer tudo; mas tal conduta não é porque ele é bonzinho; mas por não tolerar a sensação de perda; de descontrole, de risco. Com isso o ciumento acaba procurando deixar o outro sempre dependente dele; seja emocionalmente ou economicamente. Na verdade pode até parecer demonstração de amor, cuidado ou zelo. Só que no fundo o ciumento está preocupado apenas consigo mesmo. A fragilidade egoica e a sensação de insegurança renitente aliada à frustração e raiva do rival fazem com que ele queria se certificar de que jamais será traído. Com isso muitos ciumentos querem e ficam insistentemente querendo saber do passado, de detalhes da vida sexual de seus parceiros; na verdade isso faz com ele não aquiete suas dúvidas. Quanto mais ele pesquisa mais aumenta sua insegurança ele está sempre insatisfeito quanto a inquisição. Quando falamos de ciumento sempre tem um terceiro elemento, um rival. É interessante que ele na verdade está mais preocupado com esse do que com si mesmo. Na verdade por isso dizemos que o ciúme tem um primo próximo que é a inveja. O ciumento tem em si latente a inveja do outro; ao eleger o rival como inimigo ou como algo a ser evitado ele acaba assinando sua condição invejosa. Sempre digo que a inveja é a admiração não verbalizada; o despeito toma conta de você. Um jeito muito eficaz de combater a inveja é admitir que você tenha muito a aprender; que o outro é realmente bom no que faz e pode ser tido como exemplo. É como se o ciumento quisesse ser o rival; na sua fantasia ele sim possui atributos mais interessantes que possam despertar o interesse de seu parceiro. Ou seja, ele elege o outro como mais interessante; capaz; belo, forte, sensual, inteligente. Só que de modo geral o ciumento não tem consciência disso e age com extrema agressividade em relação ao rival; seja falando que o trabalho do parceiro é uma porcaria, que fulano é pobre; que a família não vale nada; ou seja. A pessoa ciumenta tem um orgulho incrível ela diante da ansiedade de menos valia e insegurança engendra mecanismos narcísicos para se iludir e pensar é tudo o que sabe não ser: competente; seguro; assertivo; forte; maduro. Diante do menor erro do outro ele é categórico em achincalhar; humilhar; julgar; agredir sem a menor compaixão. Na verdade a vontade de diminuir o outro e se colocar como o máximo é fruto também de sua neurose. O ciumento também sofre de orgulho; ou seja, para evitar perceber suas limitações ele purpurinaza seu ego. E não precisa ser psicólogo para afirmar que o ciumento patológico é egocêntrico. Ou seja, podemos dizer que em nome do amor e do cuidado ele não se contenta com a felicidade do outro. Na verdade quando o parceiro deseja crescer e viver o ciumento começa a ficar ansioso e incomodado. Temos que dizer também que o ciumento parece captar quem ele deve eleger como parceiro; ou seja, parece que o parceiro do ciumento autoriza de modo inconsciente que ele exerça total controle. Vocês devem ter escutado: vou ver com meu marido se posso fazer isso; se posso voltar a estudar, se posso me matricular em tal curso; se posso. Na verdade temos o que merecemos o parceiro do ciumento quase sempre deu uma procuração em branco para o outro ser dono de sua vida. Nessa confusão de sentimentos o ciúme não prova nenhum amor; o ciúme prova simplesmente o desrespeito ao outro; o apego; a insegurança; o infantilismo da relação. O ciúme pode e vai acontecer sim, pois somos seres com nossas limitações e medos; mas o ciúme para ser normal deve ser passageiro, pontual e transitório e não impedir o crescimento e felicidade do outro. Então o ciúme é como um tempero na relação; na verdade se você for preparar um prato terá necessariamente de colocar o sal; mas a medida exagerada pode comprometer todo o paladar. E aí sabemos que tudo o que fora feito até o momento fica perdido. Seja ciumento da mesma forma que utiliza o sal; não exagere na dose e nem esqueça que a ausência dele faz com que qualquer iguaria perca a graça.
DR.MARCOS BERSAM
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OBRIGADO A TODOS.
domingo, 16 de outubro de 2011
NOVIDADES
terça-feira, 11 de outubro de 2011
CARTILHA DO AMOR!
NINGUEM VAI TER AMAR COMO EU!
terça-feira, 4 de outubro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
FRASE DO DIA
Machado de Assis
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
AGRADECIMENTO
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
A ARTE DE OUVIR É A MESMA DA AJUDA
A ARTE DE OUVIR.
O neném já mal vem ao mundo e a família toda está aguardando ele balbuciar. E quando ele consegue construir pequenas silabas é uma felicidade só; alguns até disputam o que ele vai dizer primeiro. Então a fala é algo valorizado por ser algo mensurado; e quantificado. Então não resta nenhuma dúvida de que falar é extremamente valorizado; mas o que não tem todo esse glamour é o desenvolvimento da capacidade de ouvir. Não sei por que parece que escutar e ouvir não necessita de um processo de maturidade; quem sabe por que ouvir não interessa muito ao capitalismo; ou seja, ninguém acredita que ouvir produza, venda, ou gere lucro. Somos incentivados muito pouco a escutar; na verdade nesse mundo onde temos mais falantes do que ouvintes realmente fica parecendo que ouvir é algo desnecessário. Hoje o importante é falar mesmo que numa quantidade muitas vezes que justifica as inúmeras asneiras ditas. Não sei se vocês já notaram tem gente que fala tanto de sua vida; que na verdade se expõe de modo perigoso; algumas pessoas não conseguem ficar caladas e tem que falar de projetos, sonhos e conflitos. Então tudo é verbalizado de maneira compulsiva. E nesse afã fala-se da vida alheia com uma desenvoltura impressionante, ora para aumentar, modificar ou omitir os fatos. Falar é fascinante porque recriamos a realidade de acordo com nosso interesse. Na verdade quando falo não me permito me escutar. A língua funciona como antídoto para eu impedir recobrar a consciência de quem sou. Com isso os pais incentivam os filhos a falarem cada vez mais; se possível mais de um idioma; pois revela inteligência, desenvoltura; desinibição. Na verdade quando nós estamos precisando de ajuda precisamos falar sim, mas não para qualquer um. Na verdade ouvir requer uma arte; já dizia uma pensadora “a arte de ouvir, é também a ciência de ajudar”. O homem precisa saber que tem alguém que possa ouvi-lo de verdade; quando isso acontece na verdade somos elevados a um patamar de importância. Ou seja, quando ouço o outro estou dizendo pra ele nas entrelinhas como este é importante. Então fico a me perguntar se não tivéssemos mais ouvintes também não teríamos menos suicídios, depressões e os antidepressivos e até mesmo menos psicólogos e psiquiatras. Na verdade a arte de ouvir não é valorizada porque quem escuta faz um trabalho anônimo, na verdade quem ouve não aparece; não faz estardalhaço; não liga muito pra esse negócio de exibicionismo. De modo geral quem ouve é discreto e faz sua tarefa sem muito alarde. E na verdade isso é de grande valia para quando você precisa de ajuda; de modo geral você vai dizer eu ouço sim; dou conselhos. Então quem dá conselhos na verdade não sabe ouvir; finge que ouvi; mas na verdade quem aconselha por mais bem intencionado está na verdade não escutando o que o outro está a dizer. Aconselhar nada mais é do que a forma discreta de assumir que ainda não aprendeu ouvir. Quando ouvimos de verdade temos que abandonar a arrogância de que sabemos o que é melhor para o outro; ouvir é saber que cada um tem um tempo próprio. E que conselho não promovem saltos na capacidade de evoluir e muito menos na forma de resolver os conflitos. montes. Então quer especializar nessa arte; cale-se enquanto o outro fala; ouvir não te dá o direito de apontar, julgar ou aconselhar. E é por isso que acredito que a prece e a oração sincera provocam realmente efeitos curativos, haja vista que na oração Deus se cala e se emudece; deixa você falar; chorar; reclamar e quando você menos espera aquela aflição ficou menor. E para sua surpresa ,quando você emudece permite que o outro se escute, na verdade seu ouvido aberto permite que o mesmo funcione como uma câmara de eco; na verdade quando você ouve de verdade não só você ouve; mas você convida seu interlocutor a se escutar. E o mais importante é saber que o passaporte para a compreensão e a empatia é deixar o outro falar sem interrupção. Desse modo podemos ter mais êxitos em perdoar. E hoje se sabe que esse gesto é a maneira mais elementar e barata de promover saúde psicológica. Não importa se você ouvir o outro ou a si mesmo; de qualquer jeito o convite está feito fale menos; escute mais e ajude sem hesitar.
Dr.Marcos Bersam
terça-feira, 6 de setembro de 2011
PRECISO DE UMA GENTILEZA DE VOCêS!
domingo, 4 de setembro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
FIZ TUDO POR ELA!
Divã alinhado na posição costumeira e minha poltrona bem confortável me permite despojar meu corpo e afrouxar minha atenção. Estou falando da velha atenção flutuante recomendada por Freud; enfim nesse ínterim que nós terapeutas tentamos entrar na mesma sintonia que o inconsciente do outro deseja se comunicar. A fala do cliente está impregnada de uma lamentação irritante; o mesmo está incrédulo diante do rompimento de sua noiva. Ele falava tentando entender como pode acontecer o noivado esfacelar-se; estava tudo acertado. Apartamento escolhido; móveis encomendados e projeto gráfico do convite em andamento. É bem verdade que a respiração diafragmática do cliente apontava elevado nível de ansiedade; depois que o pulmão recobrou a consciência de sua função visceral as cordas vocais formaram a frase que teimava em sair: EU FIZ TUDO POR ELA! Numa tentativa de entender melhor tal assertiva perguntei, pontuei e sumarizei o discurso; haja vista que pressentia que o mesmo tinha dado como certo que eu havia entendido o que ele estava a dizer. A expressão TUDO era uma incógnita naquele discurso; quem sabe estivesse querendo dizer perfeito, completo; pleno. Naquele instante me lembrei de Fernando Pessoa"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugná-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é o desumano, porque o humano é imperfeito." Na verdade essa afirmação é recorrente não só num processo terapêutico; mas a mesma tangencia qualquer conversa de fim de noite; ou de mesa de bar. De modo geral essa frase é dita por aqueles que sempre se sentiram inferiorizados na relação; olha você deve concordar comigo que quando estamos inseguros e atravessados pela sensação de menos valia deixa-se de lado o pouco que resta de minha autoestima para alavancar a realização do desejo alheio. Então ter feito tudo por ela foi o atalho encontrado para esquecer-se de si mesmo; talvez para diminuir a sensação iminente da perda. E por conseqüência NÃO TER FEITO NADA POR MIM. Então nessa falta de medida acaba-se anulando em prol do seu parceiro ou namorado. Nessa tentativa de fazer tudo nos esquecemos de nos fazer interessantes e sermos conquistados também. Na verdade você deve se perguntar se ao fazer tudo você não está também tentando não deixar a realidade se fazer presente na relação? É muito comum esse tipo de pessoa se sentir culpado por não ter adivinhado o que o outro queria. Então tudo é demais para alguém que está numa relação limitada pela própria condição humana. O dia que você por algum motivo você não conseguir ser esse tudo você pode ser visto como o NADA; então incorporar as vestes do humano; da limitação e da falta faz bem pra qualquer relação. Então fazer tudo é o primeiro passo para o enfado; até porque sabemos que o que move o humano é a falta. Então é importante demais fazer pelo outro; na verdade quando fazemos pelo outro de um modo que aquilo não nos custa nada; a nossa memória entra em colapso e não tem a necessidade de lembrar; ou seja, o famoso “jogar na cara”. Quando eu faço TUDO pelo outro desrespeitando suas possibilidades gera em mim uma dívida comigo mesmo; meu self sente-se violentado e usurpado. E não demora muito vem à decepção de mãos dadas com amargura e bate a porta da consciência e aciona a memória num ato tardio e desesperador de cobrança do que foi feito mais por medo do que por amor.
Dr.Marcos Bersam