quinta-feira, 26 de maio de 2011

Agressividade Infantil

Olá, amigos internautas!

Após uma relativa pausa na edição de meus vídeos, estou de volta com um tema bastante interessante: "A Agressividade Infantil". Vocês que tem filhos pequenos já pararam para pensar nos motivos que levam seus filhos a estarem agressivos? Como lidar com essa situação? Que atitudes se deve tomar quando a criança machuca um irmão? Espero que a entrevista a seguir possa ser muito util e esclarecedora para dirimir as principais dúvidas dos internautas.


PENSAMENTO DO DIA:

"A infância tem as suas maneiras próprias de ver, pensar e sentir. Nada mais insensato que pretender substituí-las pelas nossas." 
Voltaire

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MANGA COM LEITE FAZ MAL



Parecia que foi ontem, quando ainda criança sempre ouvia os conselhos que encastoavam em minha mente; ora dito por familiares ora por coleguinhas. Na verdade parecia que tais conselhos dispunham de algo mágico; questionar não fazia sentido. Então lá vinham aquelas coisas “chinelos virados podem trazer maus agouros”; “manga com leite faz mal”, “homem não chora”. E começa aí as primeiras crenças. Quando falamos de crenças muitas vezes não lembramos que fomos afetados por elas; alguns pacientes no consultório apresentam sintomas que muitas vezes foram alimentados por crenças. E essas acabam gerando indivíduos que deturpam suas cognições e desenvolvem comportamentos inadequados. Vou explicar melhor é muito comum a mulher ter a seguinte crença: “se eu não casar não serei feliz” isso faz com que ela sempre busque relacionamentos que muitas vezes tornam-se torturantes ou tente manter um casamento infeliz; pois sua crença ratifica sua conduta. Quando ela passa a questionar é possível vislumbrar uma possibilidade de fazer diferente. Então podemos dizer que as crenças podem nos aprisionar em uma neurose. Outra crença muito comum “tenho que ser perfeito para ser amado” ou “ tenho que sempre dizer sim para não ser rejeitado”; outra é “ amar é se anular”. Alguns até hoje acreditam que “ é errando que se aprende”; na verdade ninguém aprende errando; nós aprendemos quando somos corrigidos. Então somos assim bombardeados por essas tolices cognitivas coletivas. Muitas vezes são os aparatos da sociedade que são encarregados de incentivar e fomentar essas crenças. Ora a família, ora a igreja; ora a escola. Tenho muito adolescentes que me procuram muito ansiosos para prestarem vestibulares e os mesmo tem temores infundados e aumentados de qualquer situação de teste; o vestibular é o ponto alto de ansiedade. A crença desses jovens foi a seguinte “você tem que se formar para ser alguém na vida”; outra mentira e crença neurotizante; ou seja a formação não é condição para você ser alguém; a formatura não é chancela para a felicidade. Você para ser não precisa de um diploma; só que essa crença cria nos jovens incautos que a reprovação num vestibular será algo apocalíptico; com contorno de calamidade existencial. Uma outra crença difundida É “jovem feliz faz uso de álcool”; “fique linda e magra”,” não fique sozinho”; “não envelheça"; "tenha filhos para eles cuidarem de vocês no futuro"; “ evite a tristeza”; “fuja da morte”. Na verdade é muito comum as crenças terem uma lógica num primeiro momento que parece alicerçar sua existência; afinal questionar uma crença não é fácil. De modo geral questionamos quando estamos falidos emocionalmente ou quando estamos em terapia. É importante lembrarmos que quando o desespero suicida é concretizado; este foi fomentado com uma crença; logo essa certeza gera um sensação de desesperança intensa; o suicida de hoje é morto muitas vezes pelas crenças dos que o amavam. A profilaxia do suicídio talvez fosse adubar a dúvida; pois quando a dúvida ainda a esperança. A morte só é saída quando a convicção nos asfixia. Então nunca é tarde para colocar em xeque verdades; crenças de outrora. Questionar as crenças muitas vezes representa destituir os ídolos do passado; desmistificar aqueles que ainda amamos muito. Então amigo leitor, somos guiados pelas crenças arraigadas que desconhecemos. Então não somos tão livres como acreditamos; mas podemos rever e refletir um pouco mais sobre nossos pensamentos e comportamentos e não teremos muitas dificuldades em perceber que sempre há um amarra inesperada que nos conduz ao calabouço dos tormentos e aflições cotidianos muitas vezes tendo nossa anuência inconsciente.
Dr.marcos Bersam

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CINEMA


AMIGOS SEGUIDORES DO BLOG ESTOU HOJE COM UMA INDICAÇÃO DE FILME QUE ACREDITO QUE AGRADARÁ VOCêS. ESTOU FALANDO DO FILME: SHOW DE TRUMANN. APESAR DE NÃO SE TRATAR DE UM LANÇAMENTO O FILME É BEM ATUAL E NÓS FAZ PENSAR E REFLETIR.

O filme conta a história de Truman Burbank, um vendedor de seguros, que vive desde o nascimento vigiado por câmeras de televisão, vinte e quatro horas por dia. Ele leva alegria e esperança para milhões de telespectadores em todo o mundo, sem saber que é a estrela de um reality show, mercadoria e vítima de um sistema dominador, que procura atender seus interesses, impondo um modelo social permeado por uma falsa e ilusória ideologia. É importante salientar, fundamentando-se na teoria crítica, a existência de duas perspectivas abordadas no filme: a do mundo conhecido por Truman, e a dos telespectadores do grande show.

O programa é cria da indústria cultural, produzido do alto pelas instituições sociais dominantes, que determinam o processo de consumo, instaurando na audiência uma reação automática e irreflexiva perante àquilo a ser consumido. Esse fato pode ser observado nas cenas em que aparecem as garçonetes, os policiais, as duas senhoras e o rapaz da banheira, pois essas pessoas estão constantemente assistindo ao show, inclusive em seus locais de trabalho e no correr da noite, não demonstrando preocupação com o fato de Truman viver todos os dez mil novecentos e nove capítulos aprisionado para entretê-los e vender-lhes os variados gêneros de produtos circulantes no sistema de livre-mercado. Não são capazes de tomar decisões sem a intervenção de agentes externos (autonomamente) e passam a aderir acriticamente aos valores impostos e dominantes, difundidos pelos meios. Truman, por sua vez, é a personificação dessas pessoas. Vive em um mundo controlado, onde produtores se conjugam harmonicamente, determinando os padrões de consumo, tendo como objetivos principais a venda de mercadorias e o lucro acima de tudo, não importando a qualidade do produto, nem se estão sendo dignos com a humanidade e a sociedade. Não importa como Truman se sinta, ele faz parte desse modelo forçado e assim deverá permanecer.

DR.MARCOS BERSAM

sábado, 14 de maio de 2011

FRASE DO DIA.

"Se você quer fugir de Deus, o diabo lhe emprestará tanto as esporas como o cavalo."
Thomas Adams

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A TESE DA "INVISIBILIDADE PÚBLICA"



TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por  1 mês e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis; sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angústia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

PENSAMENTO DO DIA:

"Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez. "
Pablo Picasso

terça-feira, 10 de maio de 2011

QUANDO FALTA FÉ.!


A seca parecia não ter fim e uma pequena comunidade de fazendeiros pediu para a igreja promover uma reunião de oração. Como nos antigos rituais dos indígenas, as pessoas começaram a chegar à praça em frente à igreja, prontas para pedir que Deus mandasse chuva.
O padre também chegou e observou os fiéis fluindo para o local. Ele foi passando lentamente, de grupo em grupo, enquanto se dirigia ao palanque. Todas as pessoas que ele encontrou estavam conversando e apreciando a oportunidade de rever os amigos.
Assim que pediu silêncio dirigiu-se ao povo dizendo que a reunião estava cancelada:
- Vocês vieram aqui rezar acreditando que Deus nos mandará chuva?
Alguns na multidão, timidamente, assentiram que sim.

- Vocês então têm muito pouca fé, pois não vi aqui ninguém trazendo um guarda-chuva.

DR.MARCOS BERSAM

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A ESCADA E O PÃO DE QUEIJO.


De antemão já vou avisando que aceito todas as críticas possíveis pelo post de hoje; eu sei que minha meia dúzia de leitores irá falar que estou sem criatividade ou inspiração o que fato não É tão falso. Olha estava de madrugada cansado e querendo como nunca abrir a porta de casa; faltavam apenas alguns passos e a missão estaria cumprida. É bem verdade que já eram altas horas da madrugada depois de um show aqui na cidade. E sabe como é a idade não ajuda muito. Quando pra minha surpresa a escada foi traiçoeira; de repente estava lá na parte mais próxima do rodapé com a testa ensanguentada. A cama foi trocada pelo hospital; então não precisa avisar que amanheci no mesmo costurando ou fazendo uma lanternagem rápida. Então a perda compulsória do sono deu lugar a um desejo ou sei lá o que um apetite voraz. voltando pra casa pensei vou passar na padaria e comprar aquele pão de queijo com o iogurte preferido e quem sabe alguma iguaria a mais. Então pra minha surpresa quando chego na padaria de costume fui informado que o padeiro havia se acidentado também na véspera e por incrível que pareça numa escada. Então pensei , o jeito é ir pra casa e saber que a escada inimiga mortal do sono e do pão de queijo. Afinal fiquei a pensar realmente nossos destinos são selados sempre pelo inesperado.

Dr.Marcos Bersam

quinta-feira, 5 de maio de 2011

TÁ LIGADO?


olá amigos internautas. Não precisa ser tão jovem para já ter ouvido a expressão ou giria; "tá ligado?"; pois é; isso reflete muito nosso momento atual. Essa expressão quer dizer se você acompanhou o raciocínio; se entendeu; se compartilha. Enfim num mundo que somos coagidos a estarmos antenados, plugados; ligados ou conectados e isso nos leva a nos ilhar do outro e da vida. Então temos a impressão que vivemos uma espécie de autismo coletivo; onde temos legiões de solitários acompanhados. Então lembre-se para estar ligado você tem que optar em desligar de algo; e isso muitas vezes recebe o nome de Vida. Então muito obrigado a minha cliente que enviou esse video que acredito será muito familiar a todos meus amigos e seguidores do blog.

abraços.
Dr.marcos Bersam

Desconectar para conectar

terça-feira, 3 de maio de 2011

CASAMENTO REAL E BIN LADEN




Olá, amigos internautas. Nem sei se procede, mas a verdade que estou de sacou cheio das reportagens televisivas. Uma semana é o casamento Real; quanto custou; como se conheceram; enfim todos os bastidores da monarquia. E agora é a morte de Bin Laden. Ora casamento Real, ora o fim de Bin Laden. Na verdade me pergunto o porquê dessas reportagens. Olha é verdade que vivemos de sonhos e ilusões. Talvez o casamento Real seja pra dizer olha “você pode ter um relacionamento ideal e perfeito” quem sabe com um príncipe; ou às vezes para te deixar mal e comprar um pouco mais. Afinal sabemos que a felicidade ou a tristeza geram consumo. E numa época onde a escola não tem mais segurança; onde o crack dita os costumes e as drogas imperam; numa sociedade que é obrigada a viver presa dentro de sua própria casa; ora cercada por vigilantes, grades, cercas, câmeras e toda parafernália eletrônica. A noticia da morte de Bin Laden é pra dar a ilusão de que o mundo está mais seguro e com isso é possível encontrar a felicidade talvez na esquina; quem sabe como num passe de mágica encontrar um principe ou princesa ou também aguardar a traansformação do seu sapo. Na verdade a sua vida não é afetada nem um pouco por esses dois acontecimentos noticiados. Claro que o antídoto para isso é a capacidade de pensar