sábado, 28 de junho de 2014

NÃO CONSIGO TERMINAR MINHA RELAÇÃO

Amor inacabado.

A língua é incompetente para dizer o que o coração já sabe, assim, a pessoa fica nutrindo e esperando o outro dizer o que já foi dito pela covardia do silêncio.   Então, algumas pessoas, dizem pra mim que insistem, ou melhor, sofrem um pouco mais; por não terem sido notificadas verbalmente, pelo outro, do real motivo do término da relação. A rejeição nunca é entendida, a sensação de que a explicação amenize as coisas, ou de que palavras anestesiem a dor, também, não acontece na prática. Enfim, na busca de entender, você, vai adiando o seu maior medo, ou seja, de não ser “suficientemente boa” para ser feliz e, com isso, acreditar ser possível adiar novamente a sensação de abandono e rejeição.

Marcos Bersam

psicólogo

quinta-feira, 26 de junho de 2014

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.

Eu posso?



A ideia era ter desligado a chave de psicólogo, logo depois de ter saído de mais um dia de trabalho, porém, sem entender o que aconteceu e deu errado, naquele dia, a mesma ficou no piloto automático. Então, conversando com algumas pessoas, ouvi a seguinte expressão: EU POSSO?  A conversa não era num jardim da infância, muito menos numa creche. A pergunta foi dirigida a um noivo, ou seja, a mulher em questão perguntou a fulano se podia fazer uma coisa banal e simples. Então, conferir ao “outro” o direito de decidir por você é algo preocupante, principalmente, quando a vida em questão é sua. Finalmente, não saber mais opinar sobre o que pode, gosta ou deseja é o primeiro passo para continuar uma criança disfarçada de adulto.

Marcos Bersam

Psicólogo

segunda-feira, 23 de junho de 2014

QUANDO O NÃO É SIM.



NÃO PRECISAVA !



Nem sei quando foi à primeira vez, no entanto, ficou condicionado que ao receber um presente, um agrado, você logo dispara a seguinte frase: Não precisava! Então, a sua mente pensa uma coisa, e as palavras assumem o ideal da trapaça sob o verniz da educação e polidez. A psicologia ensina ,que ,nem sempre, o motivo de nossas condutas é óbvio, ou seja, por trás de "falas prontas" ,podem estar entrincheiradas às justificativas inconscientes. Enfim, você ficou feliz, esperava muito o presente do outro, na verdade , no seu íntimo chegava a ter certeza que receberia algo, portanto, em vez, de manter-se em silêncio e,  agradecer e dar por encerrado o gesto de gentileza. Afinal, você quer parecer mais educado do que , de fato, é. Então, o sujeito acaba desenvolvendo a hipocrisia, certo? A hipocrisia é fruto da crença de que temos que esconder , sobretudo o que imaginamos que o outro não suportaria. O inconsciente está a serviço da civilização, tal como a repressão para a educação . A hipocrisia nasce daí, da incompatibilidade de conviver com as polaridades das emoções no Ego. Enfim, na verdade estamos diante da formação reativa. Assim, os exageros de conduta e posicionamentos, às vezes, faz com que a mania de limpeza esconda o desejo de sujar; o amor exagerado camufle o ódio; o organizado disfarça a bagunça; o puritano esconda a luxúria, o não poder soterra o querer; e o não amordaça, o sim. 

MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO

whatsapp: 32 8839-6808
email: marcosbersam@gmail.com
skype: marcos.antonio.mello.bersam

terça-feira, 17 de junho de 2014

PRAZER ESQUECIDO.

Prazer esquecido.


Você tem o dinheiro para comprar a viagem dos sonhos, também poderia presentear-se com um perfume mais sofisticado.  No entanto, a justificativa é sempre alicerçada na sensatez, de que não é prudente desfrutar, no hoje, um pouco mais de sua vida. Os deveres vão se sobrepondo aos prazeres miúdos do cotidiano, então, a razão justifica a obrigação permanente.  Portanto, a sensação de que você não merece mais do que o necessário, logo incomoda mais aos outros do que a você mesmo. Enfim, às vezes, algumas pessoas não se sentem merecedoras de desfrutar das suas conquistas, aliás, suas glórias e virtudes são negligenciadas e escanteadas  pelo senso de obrigação. Finalmente, conciliar prazer com dever, também, é uma forma de absolver-se no tribunal de uma consciência perfeccionista.

Marcos Bersam

Psicólogo
e-mail: marcosbersam@gmail.com

segunda-feira, 16 de junho de 2014

ETERNAMENTE APRENDIZ.


NÃO TÔ PREPARADO!

Não se trata de vestibular, embora a preparação nunca chega ao fim. Alguns poderiam comparar e ver semelhança com um disputado concurso público, no entanto, não se trata de nenhuma avaliação intelectual. Afinal, essa frase é usada quando o assunto tangencia as emoções e decisões importantes na vida. Então, algumas pessoas não tem uma coerência, talvez, uma afinidade entre a data de nascimento oficial com a capacidade de decidir e tomar atitudes. O medo de errar, a ideia perfeccionista do indivíduo convida , por vezes, alguns a nunca saírem do lugar confortável da eterna preparação. A sensação de estar se preparando afasta a possibilidade do erro, mesmo que para isso conviva com a procrastinação existencial. Enfim, temos maternidades adiadas ao extremo, casamentos que não acontecem, separações tardias, filhos sem vontade de ter sua casa, avós sendo pais, sonhos envelhecidos, adultos que não crescem e adolescentes eternos. Finalmente; podemos dizer que , preparar- se muito, pode ser o caminho mais curto para perceber que o edital da vida foi mudado.

Psicólogo marcos bersam
e-mail: marcosbersam@gmail.com
skype: marcos.antonio.mello.bersam

segunda-feira, 9 de junho de 2014

PSICOLOGIA

MEU FILHO NÃO QUER IR PRA ESCOLA.



A confusão começa na hora do banho, assim; tudo de agora em diante, até a do portão da escola é o maior tormento para os pais. Portanto, os pais ficam sem ação diante de mais uma pirraça dos filhos. O que faz uma criança não querer ir para a Escola? A maioria das pessoas tenta entender esse sintoma, exclusivamente, sob a ótica de uma criança difícil e voluntariosa. Na verdade a questão é muito mais complexa, às vezes, a raiz de tudo está na dinâmica familiar.
A vida atribulada, os conflitos conjugais, o desagaste e fadiga das tarefas diárias faz com que tais frases sejam ditas pelos pais: “Vou ficar doente!”; Vocês acabam comigo!”; “ Quero sumir daqui”; “Não aguento mais vocês”; “Se eu morresse seria melhor”; “Estou cansada”. Essas frases geram impactos na cabeça da criança, então, o mecanismo de permanecer escoltando os pais é a forma rudimentar de não querer separar-se deles. A angustia de separação, aliás, pode advir dessa atmosfera familiar. A certeza do amor, a maturidade emocional dos pais, a harmonia do lar, o desapego progressivo, a autoestima construída nos primeiros anos, de fato, gera a certeza de que separação momentânea é incapaz de despertar o medo do abandono.

MARCOS BERSAM

PSICÓLOGO

terça-feira, 3 de junho de 2014

PSICOLOGIA DO CASTIGO

CASTIGO NA MEDIDA CERTA.




A megalomania, às vezes, visita a educação dos filhos, por exemplo, quando o assunto é castigo; os pais no intuito de fazerem valer a disciplina acabam se perdendo. Então, não considerando que o castigo tem que ter relação direta com a proporcionalidade do erro cometido, sobretudo com a certeza que a misericórdia campeia o coração do pai mais cruel. Alguns falam que o filho vai ficar um ano sem o computador, um mês sem ver televisão, outros chegam a usar sem parcimônia a expressão: - Nunca mais! Algumas mães e pais impõem castigo, sem considerar se o mesmo é executável. Portanto, alguns recorrem a tempos enormes de punição, isto é, para garantir sua autoridade. E, na contramão da sensatez, acabam estimulando o não cumprimento do que foi dito.. O castigo deve servir para reparar o erro , tal como, educar. Por vezes, alguns, usam o castigo para a vingança, ou transferem para o filho suas frustrações na forma de castigos. Entender que o calendário do coração; e a métrica do tempo , para a criança, não é a mesma do adulto. Enfim, trocar castigo longo e exagerado, de fato, por outros, breves, pontuais, e executáveis, torna-se a forma de inteligente de não macular a autoridade dos pais. O castigo eficaz não é mais severo, mas , sim o que permite fazer a consciência despertar-se para aprender, mudar e, talvez, reparar o erro do passado.


Marcos Bersam
Psicólogo