terça-feira, 19 de julho de 2016

QUANDO VOCÊ APAIXONA-SE POR UM VAMPIRO.

PREDADOR EMOCIONAL
Vivendo com o inimigo.

Ele pode estar onde menos espera, assim pode ser seu vizinho, chefe, amigo, patrão ou até mesmo seu namorado. Quando falamos de psicopatas imaginamos a figura caricata dos filmes de Hollywood que encarna o serial killer. A verdade é que o psicopata convive entre nós sem ser percebido, ou seja, não precisa pendurar suas vitimas enforcadas e esquartejadas no poste. Eles costumam estar em posição que proporcionam o controle e domínio, longe de machadinhas e cutelos.  O relacionamento afetivo é lugar fértil para ele atuar, assim algumas pessoas chegam até o consultório do psicólogo arrasadas, pois sabemos que o psicopata nunca procura ajuda. Ele não tem culpa, remorso e desejo de reparar, como também não aprende com a experiência ou até mesmo com a punição.

A mulher era bondosa e trabalhadora e sempre teve uma vida mediana, porém, depois de conhecer fulano tudo mudou, assim afastou-se dos amigos e até da família. Num primeiro momento começou a dizer e sentir-se nas nuvens, mas com o tempo os problemas começaram a aparecer. As gentilezas de antes davam lugar a agressões físicas, morais e mentiras e incoerências aconteciam o tempo todo, isso coincidia com o momento que o psicopata tinha dominado totalmente ela. De fato, nesse ínterim tinha conseguido senhas do banco, fez a vitima fazer empréstimos e dava sempre um jeito de obter vantagens de todo tipo. Nessa fase o psicopata fica entediado e começa pesquisar outra vitima, assim é normal deixar propositalmente pistas de outro relacionamento, nesse momento a vitima começa a se achar culpada, com isso pensa que por sua culpa fulano tem mudado tanto.

Então, invadida por um sentimento de culpa começa a assumir a responsabilidade, o psicopata deixa o outro culpado, chega até a convencer que ela é uma doente e precisa de tratamento. A fase final e derradeira é descartar a vitima como um objeto qualquer, assim sem compaixão, empatia e amor visa apenas o que é mais conveniente. 

Assim sendo depois de ter sugado tudo que podia, deixado a pessoa endividada, não se dá por satisfeito e quer ferir, agredir, machucar e pisotear o resto de dignidade emocional.  Da mesma forma que um vampiro,  está sedento de outro desafio. Depois de drenar tudo que pode,  ele perde o interesse e sai em busca de outro relacionamento, às vezes, faz a vitima saber que está com outra pessoa, ora, mandando fotos e mensagens apenas para ferir e machucar um pouco mais satisfazendo seu gozo sádico.

Por fim, destruída e em frangalhos,  sem dignidade emocional e de pires na mão, a pessoa pensa em dar fim a própria vida, ou seja, o suicídio aparenta sedutor. Finalmente, o psicopata não entra no consultório do terapeuta, no máximo,  deixa embrulhado em sua porta a vitima devastada emocionalmente, sem condição de entender que “amor” foi aquele que causou tanto prejuízo e dor.

Marcos Bersam

Psicólogo

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