sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

AS APARÊNCIAS ENGANAM!

REALIDADE X APARÊNCIA.


A realidade não é aparência, ou seja, algumas pessoas sofrem por acreditar ser a mesma coisa. De algum modo essa confusão de conceitos fomenta a inveja, potencializa a comparação, constrói ilusões e prenuncia decepções. Hoje, somos convidados, insistentemente, a crer que aparência e realidade sejam conceitos idênticos; portanto nessa tentativa de buscar na aparência a solidez de sua existência você sente um vazio sem explicação. Urge, então, dimensionar o preço a ser pago. A inquietude em diminuir a distância entre realidade e aparência escraviza o sujeito em uma neurose. 

Marcos Bersam
psicólogo

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

PSICÓLOGO PRECISA ENXERGAR?

PSICÓLOGO CEGO?
Olhar X Visão.



Definitivamente; o assunto é polêmico, então, a pergunta que fica é a seguinte: Tem como um psicólogo ajudar uma pessoa sem vê-la? Ah! Existe um sofisma que se tornou um clichê, onde o psicólogo tem que ver para analisar o outro, será? A bem da verdade deve-se separar visão do olhar, assim, prefiro acreditar que não seja menos verdade que um terapeuta cego esteja tão apto a ajudar um paciente do um que enxergue normalmente, certo? Os olhos não garantem a visão para o terapeuta, ora, temos terapeutas cegos com as retinas em ordem. De resto; a visão pode ser feita sem os olhos, e na ausência deles usar os poros da alma, a epiderme do pensamento, o magnetismo do inconsciente, por fim, as vísceras da vontade. A visão é o que não pode deixar de existir na ajuda terapêutica, e isso não tem nada a ver com a integridade e disponibilidade do globo ocular.

MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Relacionamento em Crise - Quando dizer não para o amor da sua vida?

DECIDIR EM NOME DO AMOR.

Não é um laboratório de química, todavia algumas vezes porções de decisão não são solidárias com o amor, ora, é muito comum o amor confiscar o direito de você decidir. Algumas pessoas acreditam que a procrastinação seja alicerce do verdadeiro amor. Aí, torna-se comum sempre pedir um “tempo”, mais uma chance, uma oportunidade, desculpas e perdão. De resto, parece que o amor não pode conciliar a necessidade de decisão necessária naquela oportunidade. Desta feita, algumas mães, esposas, mulheres dizem para mim o seguinte: Olha! Eu amo-o, porém, não quero mais “fulano” perto de mim. Enfim, decidir que o amor pode continuar existindo, sem o caráter compulsório que dilapida seu patrimônio afetivo e sua dignidade. Em suma, antes de amar, você tem que estar apta a exercer o verbo “decidir” na sua plenitude, ou seja, só assim você pode blindar seu ego e dizer o que é permitido acontecer no perímetro de sua vida afetiva.

Marcos Bersam
psicólogo
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Orientação Psicológica Online

contatos: marcosbersam@gmail.com
skype: marcos.antonio.mello.bersam
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

PROPORCIONALIDADE MENTAL

Proporcionalidade Mental.


Vivemos num mundo que a principio  respeita a proporcionalidade, então, o telhado é adequado ao corpo da casa; a dose do remédio compatível com a moléstia, a profundeza do oceano atrelada à pluralidade da vida marinha; a sensação de vitória diretamente proporcional ao esforço e trabalho. No entanto, quando começamos a reverter essa lógica, podemos estar nos avizinhando de algum desequilíbrio psíquico.  Quando não se respeita a proporção das ações diante das adversidades, logo se pode deduzir que algo não vai bem no painel mental. A impaciência, a intolerância, fofoca, culpa, agressão, irritabilidade são sinais de desproporcionalidade mental, assim, a ansiedade desalinha o senso de realidade e sensatez para “fora” da geometria de causa e efeito.

Marcos Bersam

Psicólogo 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUANDO A TV FAZ MAL?

PROGRAMAS DE TV.



Aleatoriamente, deixe sua intuição incursionar sua vontade, logo conduzir o controle remoto de sua tv para algum daqueles programas televisivos de auditório ou entrevista. Na diversidade dos assuntos da pauta, alicerçado na pseudo ideia de informar e melhorar a sua qualidade de vida, sempre, tem um especialista apontando algum perigo atestado e confirmado pela ciência recentemente. Então, na lista figura glúten, lactose, sol, sal, gorduras, limites, violência, regimes, relacionamento, filhos, educação, dietas, sedentarismo. Portanto, quando você assiste tem a nítida sensação de que nada sabe , absolutamente, nada; ou o que é pior, tudo que sabia está errado. A fronteira tênue e veloz entre o “certo” e o “errado” faz com que o sujeito fique ansioso, amedrontado e acuado. Então, a velocidade das descobertas gera a sensação de insegurança, de inércia que faz você sempre consumir a última ideia como se fosse algo salvacionista. Essa perspectiva agrada o capitalismo, para comprar e consumir as pessoas precisam adquirir crenças, ideias, medos, ansiedades. Nesse redemoinho de informações, claro, não importa o tempo que durem as certezas que vicejam nos programas de Tv, sabe-se apenas que são efêmeras e fugazes. Enfim, nesses programas, tem subliminarmente a ideia de que você precisa comprar, adquirir, contratar produtos ou serviços para obter mais segurança. A engrenagem midiática alimenta a indústria, a informação gera necessidade e a “boa intenção” dos apresentadores e entrevistados chancela e legitima a lógica do consumo.

marcos bersam
psicólogo

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CRISE NO RELACIONAMENTO

QUANDO O RELACIONAMENTO VAI MAL


Apesar de estar em voga os cursos e programas de tv que tratam da culinária, ora mostrando receitas práticas e iguarias exóticas, a fim de que você se torne menos refém dos restaurantes. Qualquer pessoa pouco habituada na cozinha, tem noção de que os ingredientes de boa procedência e qualidade são indispensáveis para o sucesso na confecção dos pratos. Então, toda receita,  não pode prescindir da qualidade dos alimentos, temperos, condimentos, assim, nos relacionamentos afetivos quando alguns ingredientes saem de cena comprometem o paladar e aroma das emoções e dos sentimentos. A relação afetiva pode ser arruinada quando a confiança, a admiração e respeito estão com data de validade vencida, ora,  pode-se afirmar que tais ingredientes, precisam ser mantidos sob disciplina redobrada, esmero e zelo do casal . Portanto, a baixa qualidade desses insumos afetivos, tem como consequência um prato de sabor próximo da acidez ou do azedume indigesto.  A confiança ,em baixa,  gera abertura para a insegurança e medo; a falta do respeito promove e patrocina a violência de todo tipo; e a perda da admiração,  torna-se o veneno letal para a falência e morte da libido.

Marcos Bersam
Psicólogo

contatos: marcosbersam@gmail.com
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PSICOLOGIA DA PERSEVERANÇA

Persistir ou Insistir?


                       Insistir pode ser perigoso, logo faz você acreditar que tem o controle. O neurótico insiste tanto em ser bom, que acaba fracassando. Então, podemos que a insistência pode drenar a criatividade. Persistir é aceitar o processo evolutivo sem solavancos, assim, saber que a dificuldade de hoje faz parte dos louros da glória do amanhã. O insistente é impaciente, imediatista, e não tolera o improviso natural da vida. O persistente ajusta suas necessidades ao momento oportuno, as chances inesperadas, então, está aberto a chegar a seus objetivos por caminhos diversos daqueles esquadrinhados no plano inicial.
                     A realização não tem apenas um endereço, um alvo. A satisfação pode se avizinhar por objetivos semelhantes e próximos. Então, o persistente tolera e contenta em ser justo consigo mesmo, ou seja, sem o aspecto compulsório de ser perfeito em tudo. O insistente, de hoje, torna-se o teimoso de amanhã. Portanto, entender que os resultados, muitas vezes, não andam de mãos dadas , apenas, com a força de vontade alardeada nos tempos modernos. E, que a vida não é feita apenas de desejo, vontade, ímpeto e coragem. Por isso, insistir pode ser o atalho para a ansiedade de resultados e, consequentemente, a sensação de eterna comparação com o “outro”
                 O insistente só pensa nas metas, já o persistente tem um propósito, um sentido, uma ideologia. Às vezes, insistimos por orgulho, ora, nossa renitência esbarra não em uma causa justa ou autêntica. Sobretudo, um ego infantilizado pode ter caprichos que fomentem uma atitude insistente, que desgasta e não leva a lugar nenhum. O persistente é movido e motivado por algo que transcende o imediatismo do sucesso.
                     Desistir ameaça o insistente de plantão, portanto não conseguir passa a ser uma ofensa moral, ou seja, uma ferida narcísica. O persistente é capaz de aceitar o não sem a revolta infantil. A insistência gera fadiga, logo a persistência promove o entusiasmo. Os que acordam fracassados, por vezes, foram dormir com pensamentos insistentes. Em suma, a insistência gera fadiga, cansaço, irritabilidade, assim acorrenta o sujeito na expectativa de ser “bem sucedido”. A insistência gera uma pessoa comprometida e com azedume crônico. A persistência, alforria o sujeito do senso de perfeição, inclusive, liberta a pessoa da crença de que é possível controlar o futuro. Enfim, a persistência considera a resignação como aspecto importante na saúde emocional, faz as pazes com a limitação inerente da condição humana, aliás, o caráter persistente se contenta com o necessário para aquele momento existencial, sem a culpa de não ter sido melhor.

Marcos Bersam
psicólogo