segunda-feira, 27 de junho de 2016

DESCONFIE SEMPRE DE MUDANÇAS APRESSADAS.

PSICOLOGIA DA PALMEIRA.

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PSICOLOGIA DA PALMEIRA.
Terra adubada, local adequado, muda de palmeira imperial comprada no melhor horto que conhecia. Enfim, em breve, poderia ver aquela palmeira ganhar altura; no entanto, depois de plantar a muda percebia para meu espanto que a mesma parecia não desenvolver-se, por vezes, duvidava que ela encolhesse. E como são as coisas, bem próximo à palmeira nasceu sem ninguém plantar uma muda de mato, que para meu espanto desenvolvia-se;sem água e nenhum cuidado especial crescia mais rápido que minha palmeira. Ah! Como poderia a natureza não ser justa? Por que aquele mato, sem cuidado algum, crescia mais acelerado que minha palmeira?

Algumas pessoas, dizem que mudaram e prometem que vão mudar da noite para o dia. A mudança até parece com o crescimento do mato, ou seja, é acelerado, porém não tem constância. Depois de muita decepção no relacionamento fulano parece que mudou da água para o vinho, não é mais o mesmo. Essas pessoas prometem mudança no momento que percebem que vão perder algo, que poderão perder a zona de conforto. Assim sendo, a velocidade da promessa de mudar é efêmera e sem lastro emocional. O mato é ousado, ansioso, cresce rápido e não passa daquilo.

A palmeira não é lenta, ela precisa primeiro assegurar que suas raízes estão entranhadas nas vísceras do solo para depois começar a ganhar altura. A palmeira cresce nos bastidores do solo, dispensa aplausos, claro, sem confete e purpurina. O crescimento emocional das pessoas é assim, silencioso e sem alarde, por exemplo, do interior para o exterior a mudança acontece.


A palmeira nos ensina que a evolução é constante e gradual, ou seja, não existe mudança repentina e abrupta, isto é, quando você tiver plantado uma palmeira será testemunha que as pessoas também não dão saltos na sua forma de viver. Desconfie sempre de mudanças prometidas no calor do entusiasmo, do medo, da ameaça. As pessoas também são como a palmeira e o mato; a verdadeira mudança obedece um calendário mínimo, isto é, não dá saltos.


O mato é intenso, voraz, veloz, ansioso, rasteiro e apressado, ou seja, contenta-se com a ramificação na horizontal. Por fim, a palmeira cresce focada em direção ao sol e as estrelas, lá nas alturas, próxima do hálito de Deus, ela celebrará toda sua glória de ter respeitado o tempo da evolução permanente.

Marcos Bersam
Psicólogo

email: marcosbersam@gmail.com
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

SEDUÇÃO ATRAPALHADA.

QUANDO A FORMALIDADE ATRAPALHA OS RELACIONAMENTOS.


Fortuitamente, eles sempre se encontravam em situações informais, na primeira oportunidade ele ficava de ligar para ela para agendar e marcar um encontro. A vontade dela era disfarçada com um sorriso despretensioso, porém emudecido de sons. 

De fato, a promessa do encontro formal e agendado assustava demais aquela mulher, que tinha perdido o “time” de encontros. A Verdade é que depois de várias tentativas de agendar a bendita saída, ele acabou desistindo, claro, imaginando que ela não queria nada com ele. Definitivamente, a formalidade e o anúncio do possível encontro foi o motivo principal de potencializar a ansiedade daquela mulher. A formalidade do encontro era um gatilho para a culpa, pois estava desacostumada com a liberdade.

Assim sendo, por vezes, os encontros não acontecem por falta de desejo das partes, ou seja, aquela mulher precisava apenas de não ter tempo para fugir da situação, ela precisava que o encontro tivesse cara do acaso, distante de datas, locais ou horários. A crença daquele homem que só teria chance, quando tivesse uma agenda afetiva garantida pelo consentimento dela, em tese, foi determinante para atrapalhar tudo. 

Por fim, ainda hoje, continua o acaso podendo patrocinar o encontro deles novamente, embora o homem possa ainda não ter amadurecido até lá. Essa mulher anseia ser surpreendida pelo acaso, que aquele homem tanto desperdiçava.


Marcos Bersam

psicólogo clínico
www.marcosbersam.com.br

quarta-feira, 15 de junho de 2016

QUANDO VOCÊ NÃO ENCONTRA O PORQUÊ DA DECEPÇÃO

JUSTIFICATIVA ADOECE.
Em busca do sentido.

De fato, você, em tese, não tinha motivos para entender o porquê. Algumas pessoas dizem para mim o seguinte: Meu relacionamento não tem sentido! Meu trabalho perdeu o sentido! Minha vida está sem sentido! 

Qual a relação entre a falta e perda do sentido e angústia existencial? A verdade é que o ser humano necessita de sentido no que propõe a fazer ou viver, assim viver sem essa condição adoece psiquicamente. A pessoa quando sofre uma decepção, traição ou frustração qualquer, sempre se pergunta o porquê, certo? Quando você faz tal indagação afasta o sentido e o significado de si mesmo, no máximo encontra uma justificativa. Há uma diferença enorme entre Por que terminou minha relação? E para quê aconteceu o fim do meu relacionamento?


A justificativa, por vezes, é prima da culpa. Quem tem culpa gosta de justificativas. A pergunta que deve ser incentivada é: Para quê? .A pergunta certa pressupõe você alinhar sua bússola emocional. A pergunta para quê, inteligentemente, convida você a perceber um significado que sempre esteve latente, claro, muitas vezes, não podia ser visto. A pergunta terapêutica deve aproximar , você, do significado e do sentido de tudo que aconteceu de bom ou ruim na sua vida. Sempre temos um para quê adormecido, não tão cansativo como os porquês que nunca são respondidos.


Marcos Bersam
Psicólogo

sexta-feira, 10 de junho de 2016

RATOEIRA MENTAL

Ah! Coitado!
Viciado em ter pena de si mesmo.

Tem um tempo que você conhece fulano, não é de hoje tal relacionamento, assim, foi inevitável achar que a vida estava sendo injusta com ele. Respeitando a sua consciência, claro, ensaiava planos, dava dicas para reverter o marasmo que pairava sobre tal pessoa. Era crescente a sensação de ter alguma responsabilidade sobre o destino final da vida dele, talvez um misto de um sentimento de impotência e culpa incipiente. Ah! Coitado! Fulano não tem sorte mesmo! Ele é sempre injustiçado! Ninguém reconhece o seu valor! 

Entretanto, depois de observar, um pouco mais, atentamente, percebeu que fulano tinha o hábito de fazer-se de vitima, assim a autopiedade-vitimista de plantão, era um traço de sua personalidade. Tal vício mental, construía crenças e paradigmas psíquicos disfuncionais e deletérios em todos os segmentos de sua vida, ora, havia uma compulsão e necessidade de sentir-se incapaz, inferior, nunca querendo assumir responsabilidades sobre sua vida; por fim, culpava as circunstâncias externas e justificava sua inércia existencial. Essa pessoa não era, de fato, tão miserável como parecia ser. 

Quando pessoas desse quilate emocional procuram a terapia, quase sempre, chegam com argumentos de autopiedade, por exemplo, mesmo tendo o mínimo de condição financeira para custear o processo terapêutico, barganham descontos; querem dar pouco de si, e, tentam convencer o “outro” de sua miserabilidade existencial.

O objetivo é fazer da terapia uma extensão do jogo de autopiedade, logo, a indisponibilidade em arcar com os custos do tratamento é uma forma de perpetuar o lugar de “pobre coitado”. A autopiedade só é desfeita quando o “outro” não aceita tal pacto, uma das formas eficazes de fazer isso é cobrando e fazendo do pagamento –dinheiro, um antibiótico eficaz.


marcos bersam
psicólogo clínico
www.marcosbersam.com.br

segunda-feira, 6 de junho de 2016

AUTOENGANO

AUTOENGANO.

A pessoa parece estar certa do que diz, assim a fala “firme” aponta que não existe dúvida acerca de sua intenção. No entanto, convivendo um pouco mais e observando de perto, eis que é possível perceber  uma lacuna entre a intenção e ação. A nossa fala, às vezes , não anda de mãos dadas com nossos reais desejos. Algumas pessoas reclamam e queixam-se de tudo, seja do relacionamento, da doença, do filho complicado; ou seja, existe nas entrelinhas da queixa  uma satisfação velada. A mudança só acontece num gesto de honestidade pessoal, quando você reconhece que aquilo que parece ser o problema traz um contentamento e satisfação, claro,  sob o verniz de um  querer de palavras.

Marcos Bersam

psicólogo

quinta-feira, 2 de junho de 2016

PODER DA DISTRAÇÃO PARA CONHECER ALGUÉM.

Dia da caçada.

Não é uma expedição de caça numa savana africana com o propósito de capturar algum animal selvagem, porém, o seu estado mental hipervigilante direciona sua vontade para uma caçada afetiva. Assim sendo, o mais incauto acredita que a vontade de ter alguém; confunde-se com o medo de ficar sozinho.  

A vontade de encontrar sua “cara metade” não tem dado certo nos últimos tempos, pois parece que sua atenção exagerada tem atrapalhado.  A questão é que a pessoa focada demais nesse intento; não obtém resultados favoráveis. 

Afinal, quem nunca teve um amigo bem intencionado que queria te apresentar alguém? De algum modo, parece que a preparação antecipatória para a conquista,  faz afugentar a presa- instinto de sobrevivência, assim o predador exala ameaça. Por fim, o poder  da distração parece coincidir com os melhores momentos para relacionar-se, ou seja, parece que o amor acontece, de verdade, para os distraídos.


Marcos Bersam

psicólogo