sexta-feira, 26 de junho de 2015

PSICOLOGIA DA COCEIRA

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Sinceramente, não sei se os braços são curtos ou se as costas estão ficando cada vez mais largas, aliás, temos que considerar a perda da flexibilidade com o passar dos anos.  Enfim, não importa o motivo que faz você fracassar em coçar as próprias costas. A verdade é que só você sabe onde nasce a sua coceira que, teima em alojar-se no lugar mais recôndito da curvatura de sua lombar. A tentativa de levar os braços até o epicentro da coceira é apenas para não sentir-se tão incompetente, quando, de repente, você se curva a coceira voluntariosa que teima em gritar por dedos e unhas competentes. Nesse ínterim de inquietude da epiderme, resta a você pedir socorro ao “outro” para fazer o movimento de coçar que tanto necessita naquele momento. Embora, você norteie, aponte, explique, conduza e dê a coordenadas de onde está o incômodo, sem dúvida, o outro não tem a régua e a medida certa da intensidade e singularidade do movimento de resgate da paz de sua pele. Afinal, a coceira que tanto de incomoda tem digitais que a particularizam; sobretudo a maneira de friccionar sua pele é de sua inteira responsabilidade. Desta feita, alguns teimam em arranhar sem coçar, outros erram o lugar, tem aqueles que acertam; porém, não tem a cadência do movimento, outros não tem pedigree nas  unhas . Por fim, "o outro" sempre fracassa na missão impossível de coçar por nós; pois não corresponde jamais ao "jeito certo" de coçar como gostaríamos e idealizamos. A verdade é que  nossa coceira, ensina-nos a seguinte  lição: Devemos fazer por nós aquilo que esperamos que o outro faça, pois a maioria dos problemas de relacionamento está na expectativa exagerada que coloco no outro, aí , me resta à frustração e a cobrança que não tardam a chegar. Finalmente, pergunte-se sempre: Posso coçar por mim mesmo?


marcos bersam
psicólogo clínico

site: www.marcosbersam.com.br
e-mail: marcosbersam@gmail.com


terça-feira, 23 de junho de 2015

BRIGAS NO CASAMENTO.

 QUAL O DIA DA “FAXINA”?

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O itinerário das brigas percorre as amenidades do casal, assim, não é mais possível prever onde, como,  quando  e qual o motivo da próxima desavença e discussão.  Entretanto, o que era para ser simples e corriqueiro; torna-se uma peleja sem fim, a última rusga do casal era sobre o dia da faxina. A esposa jurava que era um absurdo o marido não concordar que a faxina semanal  tinha que ser no sábado, pois ele queria atenção dela para outros assuntos. Na entrevista com o casal perguntei: Qual o motivo da faxina ser no sábado? Ela não titubeou e disparou abruptamente: Oh! Tem que ser assim, pois minha mãe sempre fez nesse dia,  e falava que uma “boa esposa” deveria limpar a casa aos sábados. A força das crenças que trazemos do nosso passado faz com que não tenhamos um outro olhar sobre o calendário das prioridades.  Trazemos os papéis, “scripts” mentais de como imaginamos que deveríamos nos comportar, sem dúvida, graças ao padrão familiar a que fomos expostos. O dia da faxina não deve eclipsar o dia da lucidez; pois só com a sensatez de discernir  que a “verdade” do que foi valido para os pais, por vezes, pode não ser valido mais para você nos dias atuais.   Enfim, a crença trazida da infância  , às vezes, estimula você a não questionar outras formas de agir;  por conseguinte, confiscar a originalidade da sua forma de ser; logo  a "verdade" do outro sempre fica apertada e desconfortável para quem pretende usar o número compatível com o calçado que alicerça os pés da individuação.

Marcos Bersam

psicólogo

E-mail: marcosbersam@gmail.com

terça-feira, 16 de junho de 2015

Desejar é diferente de amar.

É possível amar sem desejar?


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Claro, que a resposta não vou atrever a dar, pois,  o assunto é polêmico demais. Entretanto, amor e desejo são coisas diferentes, por isso, que quando acontecem de maneira sincronizada faz o átomo mais conservador pular de alegria. Algumas pessoas tem desejo e esperam encontrar o amor, outros ficam em dúvida se amam sem desejar;  alguns buscam desejar distante do amor;  tem aqueles que se contentam com a lembrança de quando tinham os dois; por fim, tem os que  teimam em desejar pelo outro, e, por último, uma legião sonha com a possibilidade de ter isso tudo num relacionamento. De resto, da mesma maneira que o arroz e feijão é uma combinação perfeita, claro, é possível comer , exclusivamente, um ou outro sem ter ficado faminto.

marcos bersam
psicólogo

e-mail: marcosbersam@gmail.com