Sinceramente, não sei se os
braços são curtos ou se as costas estão ficando cada vez mais largas, aliás,
temos que considerar a perda da flexibilidade com o passar dos anos. Enfim, não importa o motivo que faz você
fracassar em coçar as próprias costas. A verdade é que só você sabe onde nasce
a sua coceira que, teima em alojar-se no lugar mais recôndito da curvatura de sua
lombar. A tentativa de levar os braços até o epicentro da coceira é apenas para não sentir-se tão
incompetente, quando, de repente, você se curva a coceira voluntariosa que
teima em gritar por dedos e unhas competentes. Nesse ínterim de inquietude
da epiderme, resta a você pedir socorro ao “outro” para fazer o movimento de
coçar que tanto necessita naquele momento. Embora, você norteie, aponte,
explique, conduza e dê a coordenadas de onde está o incômodo, sem dúvida, o
outro não tem a régua e a medida certa da intensidade e singularidade do
movimento de resgate da paz de sua pele. Afinal, a coceira que tanto de
incomoda tem digitais que a particularizam; sobretudo a maneira de friccionar sua pele é de sua inteira responsabilidade. Desta
feita, alguns teimam em arranhar sem coçar, outros erram o lugar, tem aqueles
que acertam; porém, não tem a cadência do movimento, outros não tem pedigree
nas unhas . Por fim, "o outro" sempre fracassa na missão impossível de coçar por nós; pois não corresponde jamais ao "jeito certo" de coçar como gostaríamos e idealizamos. A verdade é que nossa coceira, ensina-nos a
seguinte lição: Devemos fazer por nós
aquilo que esperamos que o outro faça, pois a maioria dos problemas de
relacionamento está na expectativa exagerada que coloco no outro, aí , me resta
à frustração e a cobrança que não tardam a chegar. Finalmente, pergunte-se
sempre: Posso coçar por mim mesmo?
sexta-feira, 26 de junho de 2015
PSICOLOGIA DA COCEIRA
terça-feira, 23 de junho de 2015
BRIGAS NO CASAMENTO.
QUAL O DIA DA “FAXINA”?
O itinerário das brigas percorre
as amenidades do casal, assim, não é mais possível prever onde, como, quando e qual o motivo da próxima desavença e
discussão. Entretanto, o que era para
ser simples e corriqueiro; torna-se uma peleja sem fim, a última rusga do casal
era sobre o dia da faxina. A esposa jurava que era um absurdo o marido não
concordar que a faxina semanal tinha que
ser no sábado, pois ele queria atenção dela para outros assuntos. Na entrevista
com o casal perguntei: Qual o motivo da faxina ser no sábado? Ela não titubeou
e disparou abruptamente: Oh! Tem que ser assim, pois minha mãe sempre fez nesse
dia, e falava que uma “boa esposa”
deveria limpar a casa aos sábados. A força das crenças que trazemos do nosso
passado faz com que não tenhamos um outro olhar sobre o calendário das
prioridades. Trazemos os papéis, “scripts”
mentais de como imaginamos que deveríamos nos comportar, sem dúvida, graças ao
padrão familiar a que fomos expostos. O dia da faxina não deve eclipsar o dia
da lucidez; pois só com a sensatez de discernir
que a “verdade” do que foi valido para os pais, por vezes, pode não ser
valido mais para você nos dias atuais. Enfim, a crença trazida da infância , às vezes, estimula você a não questionar outras
formas de agir; por conseguinte,
confiscar a originalidade da sua forma de ser; logo a "verdade" do outro sempre fica
apertada e desconfortável para quem pretende usar o número compatível com o
calçado que alicerça os pés da individuação.
Marcos Bersam
psicólogo
E-mail: marcosbersam@gmail.com
terça-feira, 16 de junho de 2015
Desejar é diferente de amar.
É possível amar sem desejar?
Claro, que a resposta não vou atrever a dar, pois, o assunto é polêmico demais. Entretanto, amor
e desejo são coisas diferentes, por isso, que quando acontecem de maneira
sincronizada faz o átomo mais conservador pular de alegria. Algumas pessoas tem
desejo e esperam encontrar o amor, outros ficam em dúvida se amam sem desejar; alguns buscam desejar distante do amor; tem aqueles que se contentam com a lembrança
de quando tinham os dois; por fim, tem os que teimam em desejar pelo outro, e, por último,
uma legião sonha com a possibilidade de ter isso tudo num relacionamento. De
resto, da mesma maneira que o arroz e feijão é uma combinação perfeita, claro,
é possível comer , exclusivamente, um ou outro sem ter ficado faminto.
marcos bersam
psicólogo
e-mail: marcosbersam@gmail.com
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