PSICOLOGIA DO “FIM” RELACIONAL.
Somos convidados a acreditar que “o
fim” de algo é o sinônimo da derrota ou do fracasso, assim sendo, muitas
pessoas interpretam; por exemplo, a morte como o “fim”, ou seja, a falência do
corpo que um dia foi saudável. A morte quando encarada como “o fim”, em parte, gera
sofreguidão e desassossego nos escaninhos da alma. No relacionamento afetivo, por vezes, as
pessoas associam o fracasso de uma relação ao fim, porém, muitos
relacionamentos fracassaram sem chegar ao fim. Da mesma forma que temos pessoas
mortas em vida, verdadeiros zumbis existenciais, ora, também temos
relacionamentos de longa data que vão sendo conduzidos pelo senso de
conveniência social. Então, o fracasso costuma conviver, tranquilamente, distante
do fim de uma relação; o empenho e esforço de continuar a relação a dois é mais
pela covardia, do que por amor. O
orgulho patrocina e encontra justificativas para não reconhecer o fim; admitir
a falência relacional não é oficializar apenas um divórcio ou separação. O
fracasso relacional, claro, pode vir agasalhado no continuísmo de uma relação
que impõe frustração, em doses diárias, por décadas.
Marcos Bersam
Psicólogo
Psicólogo
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