terça-feira, 8 de dezembro de 2015

FIM DE RELACIONAMENTO QUE NÃO ACONTECE.

PSICOLOGIA DO “FIM” RELACIONAL.



Somos convidados a acreditar que “o fim” de algo é o sinônimo da derrota ou do fracasso, assim sendo, muitas pessoas interpretam; por exemplo, a morte como o “fim”, ou seja, a falência do corpo que um dia foi saudável. A morte quando encarada como “o fim”, em parte, gera sofreguidão e desassossego nos escaninhos da alma.  No relacionamento afetivo, por vezes, as pessoas associam o fracasso de uma relação ao fim, porém, muitos relacionamentos fracassaram sem chegar ao fim. Da mesma forma que temos pessoas mortas em vida, verdadeiros zumbis existenciais, ora, também temos relacionamentos de longa data que vão sendo conduzidos pelo senso de conveniência social. Então, o fracasso costuma conviver, tranquilamente, distante do fim de uma relação; o empenho e esforço de continuar a relação a dois é mais pela covardia,  do que por amor. O orgulho patrocina e encontra justificativas para não reconhecer o fim; admitir a falência relacional não é oficializar apenas um divórcio ou separação. O fracasso relacional, claro, pode vir agasalhado no continuísmo de uma relação que impõe frustração, em doses diárias, por décadas.  

Marcos Bersam
Psicólogo

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