quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

COMO AJUDAR O OUTRO?

Quando a ajuda atrapalha.

Experimente pegar um casulo e facilitar o nascimento de uma lagarta, ou seja, sabemos que ela – lagarta, precisa do tempo para tornar-se borboleta. Acelerar o processo natural de maturação da larva, pode comprometer para sempre a possibilidade de ela ter asas e ser uma borboleta. De modo geral, o tempo estimado é de 01 ano. Então, quando , a lagarta, sai facilmente do casulo não e bom, por conseguinte a dificuldade de romper a membrana do casulo faz parte do processo maturacional. Assim, é através do esforço, da dificuldade, que, o casulo contribui para a construção final das asas. Por isso, podemos dizer, que antes de ganhar a liberdade; é necessário exercitar a paciência, a perseverança, e o senso de responsabilidade.  A larva que é ajudada, a revelia de seu tempo fica condenada a ter o corpo murcho, tornar-se um ser preso ao solo, rastejando para sempre-baixa autoestima. Quando queremos ajudar sem critério, fazemos o mesmo com as pessoas que mais amamos. Portanto, a nossa ansiedade, às vezes, funciona como um bisturi rompendo o casulo do outro, só que esquecemos que o casulo de cada pessoa é intransferível, sobretudo, sendo o passaporte para a metamorfose esperada.  Por isso, a nossa ajuda pode comprometer para sempre o outro, em muitos casos nossa vontade de ajudar não e pelo outro, mas, sim por nós mesmos. Portanto, ajudar não e remover obstáculos, mas, sim, ajudar e entender que as dificuldades não são punições, mas lições quase sempre mal compreendidas. A verdadeira ajuda não tem o direito de confiscar do outro o seu esforço pessoal, o livre arbítrio, vontade, disciplina e autoconhecimento. Definitivamente, só podemos assegurar que alguém está apto a ajudar, quando submeter sua boa intenção ao tempo do outro. Enfim, se após uma tentativa de ajuda, você sentiu a ingratidão lhe visitar, por vezes, pode ser,  que tenha desejado romper o casulo por ele.

Marcos bersam
Psicólogo


Nenhum comentário:

Postar um comentário