DEUS ME LIVRE PARECER COM MEUS PAIS!
Decerto, os traços
fisionômicos, apontam um grau de parentesco insofismável, logo você pode
assegurar que o DNA de determinadas pessoas é o mesmo. No entanto, apesar do
parentesco, você quer é ser totalmente diferente do que um dia seus pais foram.
Algumas pessoas, dizem o seguinte: Deus me livre de ter a vida igual à de meus
pais! Estranhamente, com o passar do tempo, a postura e vida dos filhos vai se
assemelhando a vida dos pais. Assim, as tramas, inclusive, que, tanto foram
evitadas pelos filhos, logo vão ladeando e conduzindo para uma semelhança
impressionante. De algum modo, quanto mais o filho tenta ser diferente, ou
seja, mais se aproxima da personalidade do pai. Então, se você tem lutado para se afastar e
fugir de algo, naturalmente, você pode estar pegando o atalho para ter o mesmo
fim de seus pais. Querer, às vezes, não e suficiente para evitar tais
semelhanças e o determinismo forjado na forma arquetípica de se relacionar com
os genitores entorpece seu livre arbítrio. Se você quer evitar algo na personalidade
dos seus pais, logo deve estar com alguma pendência emocional, ou rusga que
coloca você e seus pais ancorados no ressentimento e na mágoa. O perdão é o caminho inegociável para você
solucionar tais querelas. Por isso, querer uma vida exitosa e feliz,
necessariamente, passa por ter sido aprovado no estágio com seus pais, assim,
pessoas que estão estacionadas no meio fio da raiva, são penalizadas pela
própria vida. Só quando fizermos as pazes com a herança emocional, com o legado
de amor ou ódio que recebemos de nossas matrizes parentais, é que podemos sair
da indigência emocional. Finalmente, reconhecermos – nos, diferentes e únicos, com
toda a possibilidade de assemelharmos-nos com os que nos projetaram lá atrás. Enfim,
inteligentemente, a saída deve ser ditada pelo perdão, inclusive, para
conciliar no seu íntimo, o que você queria dos seus pais com o que você precisava
da vida.
Marcos Bersam
Psicólogo
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