segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

COMO RECONHECER UM AMIGO?

Amigo ou Cúmplice?

Dificilmente, as pessoas poderão discordar quanto às qualidades de uma amizade verdadeira, dentre tantos requisitos, estariam os seguintes: o respeito, confiança, lealdade, admiração. Até ai, a unanimidade seria certa; logo acredito não haver divergência.

Entretanto, percebo que a cumplicidade costuma ser uma exigência para algumas pessoas, para manter e cultivar uma amizade. A grande pergunta: Seria possível ser amigo, sem ser cúmplice? Algumas pessoas costumam dizer que entraram em verdadeiras situações de tormento, quando tiveram cúmplices e não amigos. Alguns demonstram serem amigos através de uma cumplicidade mais fruto do desacerto emocional do que apreço a você. 

A grande verdade é que a amizade tem que reservar-se o direito de não compactuar com determinadas atitudes e comportamentos, ora, de não ser cúmplice. Assim sendo, a consciência do que é correto, justo e ético não pode ser negociado no balcão do afeto, assim, torna-se importante ter na amizade a liberdade de recusar qualquer ofensa e transgressão à sua consciência. 

A tentativa de confundir amizade com cumplicidade, por vezes, conduz a caminhos nem um pouco venturosos. A amizade que sucumbe a recusa de uma cumplicidade nunca foi sadia, portanto reservar-se ao direito de recusar um pacto que fere sua dignidade é necessário. A verdade é que a facilidade de arranjarmos cúmplices é maior do que a de termos amigos verdadeiros. 

Por fim, o primeiro passo para você saber quem é seu amigo, provavelmente, encontra-se na coragem sincera daquele que contraria sua proposta de ter somente um cúmplice.

Marcos Bersam
psicólogo

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