Língua do Outro.
A tendência é acreditar que a
opinião do outro tem mais poder e força do que, de fato, poderia ter. Então,
nesse receio de se posicionar contrariando a expectativa do outro você se
omite. A logística comportamental arquitetada por você faz você concordar com o
imponderável, aceitar o absurdo e agir de forma a trair seus valores e
princípios. Enfim, ao corromper sua essência por medo da opinião alheia; eis
que você torna-se um indigente emocional, ou seja, não apresenta as ranhuras
próprias da identidade necessária e cativante. A sua omissão não lhe garante o
aplauso do “outro”, tampouco a invisibilidade lhe protege da injúria.
Entretanto, torna-se missão impossível
evitar o comentário maledicente acerca de si mesmo. Finalmente, compreender que
a língua do outro funciona a revelia de sua omissão ou coragem, assim, a experiência de vida lhe faculta ser
autêntico; sem o receio neurótico de viver
em função da língua do outro.
Marcos Bersam
Psicólogo
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