terça-feira, 22 de julho de 2014

O CORPO FALA.

ENTRINCHEIRADO NO CORPO
Falta de afeto na infância.
É inegável o papel das emoções da nossa vida, assim, apesar do seu caráter imaterial e etéreo. Portanto, sabemos mais sobre às emoções, isto é, pela envergadura de sua demonstração ou acanhamento da ausência delas. Ora, todos,  tem suas emoções com contornos únicos, no entanto, alguns impedem que a epiderme seja a última barreira a ser rompida . Em suma, emoções que foram condicionadas a ficarem guardadas e soterradas, de fato,  são reveladas num corpo encouraçado. Então,  o corpo funciona como termômetro da dificuldade de dizer o que sinto. Aí, temos abraços desprovidos de colorido afetivo, aperto de mãos frio, beijo com sabor de chuchu. Enfim, o corpo é um dos instrumentos e via, por onde pode  transbordar  o afeto . Quando não temos  uma estada “boa” na infância;  ou seja, numa atmosfera que não elencava o toque, o afago e carinho como pilares de uma educação plena, não obstante ficamos mais suscetíveis a sofrimentos futuros. Enfim, o  corpo acaba cobrando um pedágio oneroso para o trânsito livre das emoções no adulto de amanhã.. Finalmente, entrincheirar-se no corpo é a justificativa mais segura para quem não pôde fazer do corpo,  o embaixador do amor e das emoções mais sublimes. Assim, o corpo funciona com algoz e carcereiro dos afetos, estão ali para impedir a lembrança do que um dia nunca se teve.


Marcos Bersam

Psicólogo

Nenhum comentário:

Postar um comentário