É MEU!
A lista é interminável, aliás,
você nem lembra qual foi à última aquisição. Então, o cardápio da posse vai
engrossando, na medida em que você vai vivendo, certo? Com um misto de orgulho
e vaidade , você, estufa o peito para dizer: meu carro; meu trabalho; meu
marido; meu filho; minha beleza, meu cartão de crédito. Enfim, tal vício e
compulsão pela posse, nos convida a acreditar que o outro é nossa propriedade,
ou, o que é pior, que somos posse dele. Assim, a ilusão da posse justifica o apego,
com o verniz do AMOR; pronto está
montada a equação aflitiva. Acreditar que você tem a posse de algo é a o atalho
para a desilusão, e para viver imerso na ansiedade do medo da perda. Finalmente, despir-se da crença de que algo é
sua propriedade; não obstante , oportuniza
, você, desfiliar-se da legião de pessoas que aguardam uma gratidão que, às
vezes, nunca chega.
MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO
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