O SIMPLES É FÁCIL?
Definitivamente, por vezes, os fracassos e das dores do homem moderno; advém
da crença de que o simples é fácil, por exemplo, e fácil ter uma casa, no entanto,
construir um lar é tarefa hercúlea nos dias atuais. Simples é dizer não, porém,
tem pessoas que passam uma vida inteira ensaiando e não conseguem. Simples
começar uma relação, entretanto, nada fácil conservar, manter e rever os vícios
da mesma. Nessa matemática da vida, o fácil só anda de mãos dadas com o futuro,
o amanhã. Ver o ontem com a experiência do, agora, sempre é mais fácil. Mais
fácil, ainda, é julgar o outro. No hoje, o fácil se apresenta vestido de
difícil. Nessa confusão de conceitos, às vezes, vamos sendo derrotados pela nossa
negligência emocional. O simples requer zelo, cuidado e muita dedicação, assim,
torna- se complicado separar o simples da vigilância, da mesma forma que é impossível
separar o vento da brisa, a estrela da luz, a raiz da terra, ou o amor da
esperança, o remédio da doença. Nessa legião de desavisados, fazemos coro com
nossa teimosia e vamos construindo relações complicadas, a despeito de nosso
orgulho e prepotência. A ilusão de que o simples é fácil, logo nos joga no
calabouço da desfaçatez, inclusive, negligenciando o esforço e promovendo a
dor. A singeleza da vida, não condiciona a mesma; a facilidade, sobremaneira, muito esforço pessoal para domar nossas
paixões mais primitivas. Quando o simples encontra a boa vontade pela frente, as
coisas ficam possíveis, todavia, nunca fáceis.
MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO CLÍNICO
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