quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

QUANDO O ELOGIO FAZ MAL


Quando você faz uma pessoa acreditar que ela é “brilhante”, “talentosa” e“genial”, sem dúvida, é com a melhor da intenções.

No entanto, algumas pessoas, por precisarem manter a crença e imagem de que são “perfeitas”, quando muito elogiadas, temem aceitar novos desafios  porque acreditam que não irão conseguir corresponder às supostas expectativas externas.

Sendo assim, essas pessoas procuram desculpas e justificativas para o imobilismo, a fim de preservar uma imagem mítica construída por aqueles que diziam lhes amar.

Hoje se sabe que, grande parte das pessoas que se sentem fracassadas,foram prisioneiras de uma imagem-Ego, alicerçada em elogios irrestritos e patrocinados pelo amor incondicional.

O desafio é mais facilmente aceito quando temos a compreensão de que podemos, em determinadas ocasiões, não conseguir realizar algo, sem que isso nos faça nos sentir aniquilados.

A vergonha e o medo são sentinelas do fracasso pessoal, e é por isso que o período em que mais aprendemos é na infância, época em que nossos medos e vergonhas estão ainda guardados nas gavetas da inocência.

Não se espante em ter diminuído sua evolução quando acreditou ter se tornado um adulto. Quando desejamos nos tornar adultos, muitas vezes passamos a querer corresponder às idealizações do ego e nos tornamos escravos do olhar julgador do“outro”. Assim sendo, somente evolui quem não possui compromisso em acertar sempre e não fica desapontado ou encabulado com suas limitações pessoais.

Nunca é tarde para enaltecer o esforço, ao invés do “brilhantismo do ego”, pois corresponder à imagem de “gênio” é causadora de dúvidas torturantes, ou seja, uma usina de ansiedade. A necessidade de se afirmar o tempo todo é cansativa e desgastante, tal como acontece com o perfeccionista, que é um prisioneiro da insegurança.

Se reconhecer como uma pessoa disciplinada e esforçada, às vezes, é o primeiro passo para evoluir na “derrota”, “fracasso” e adversidade, não temendo ou se envergonhando por não ser “maravilhosamente incrível “em qualquer situação.

Liberte-se da obrigação de elogiar sempre e "ajudar"a construir pessoas incríveis e brilhantes. Opte por dar oportunidade de enaltecer os feitos construídos pelo esforço e disciplina.

Psicólogo Marcos Bersam.
www.marcosbersam.com.br
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