QUANDO O MOTIVO É A DIFERENÇA.
Ela sempre gostou de dançar
e malhar, ele no máximo movimentava os olhos ao ler o jornal matinal. Ele gostava
de ler até bula de remédio, o último livro dela foi o pequeno príncipe no
colegial. Ele, no máximo, frequentava a sauna do clube com seu cunhado, após o
carteado. Ela, sempre extrovertida, não tinha dificuldade de fazer amizades.
A
diferença daquele casal sempre foi gritante, porém, no início um compensava no
outro suas faltas. No entanto, a diferença que unia no início, também passava a
ser a mesma que, atualmente, incomodava.
O esfriamento da paixão, com a
frustração pessoal de cada um, projetou no “outro” a vontade fantasiosa de
mudar o parceiro. Enfim, o motivo alegado, por ambos, para a separação, ora, é
que são diferentes demais, assim, quase sempre, as diferenças de hoje são as
mesmas de ontem.
Quando o outro é muito diferente de nós, temos basicamente dois
caminhos: invejar ou admirar. Quando não reconhecemos isso, podemos achar que
odiamos o outro, quando a intolerância com o “jeito de ser” do outro nos
incomoda, em tese, pode ser apenas a frustração e raiva projetada para “fora”
de nós, pois a maior das intolerâncias advém da decepção culposa, de você, não
ter se auto aceitado.
marcos bersam
psicólogo
www.marcosbersam.com.br
whats: 32 98839-6808
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