PSICOLOGIA DA DECEPÇÃO
Eu tinha um casamento
feliz!
A verdade é que somos
donos de objetos, no entanto, quando falamos de emoções, sentimentos e pessoas
somos eternos despossuídos.
Inadvertidamente, alguns dizem o seguinte: - Eu tenho saúde! Eu tenho sucesso! Eu
tenho um problema! A certeza de ter faz você alimentar o medo de perder, quem
acredita ter e possuir perde-se num emaranhado de tormentos.
O medo visita àqueles
que juram possuir algo, a decepção faz companhia, primeiramente, aos que
acreditam ter. No máximo pode afirmar o seguinte: Estou num casamento feliz! Estou
num momento de equilíbrio orgânico! Estou tendo resultados positivos! Estou num
momento de aflição.
O ter condiciona o sujeito a exigir garantias afetivas,
inclusive patrocina o orgulho e vaidade. A consciência do aspecto transitório
do estar é mais justa, pois, incrementa o
“aqui e agora”, desmistifica a ilusão e aprimora o senso de zelo com o “outro”.
Finalmente, acreditar-se dono e proprietário de emoções,
sentimentos, paixões, dores e infortúnios ; como também de pessoas e relações,
no máximo, aproxima você de um inquilino presunçoso, que teima em não cumprir o
aviso de despejo inesperado.
Marcos Bersam
Psicólogo
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