QUEM TÁ DOENTE?
O pai chega esbaforido em casa, assim, o horário do almoço é substituído
por uma refeição rápida. O filho já almoçou no sofá, pois a mesa não é mais
usada pela família. A pressa era a filosofia dos membros daquela casa. Então,
os 04 celulares-um de cada operadora; do pai, não paravam de tocar. Ele justificava
dizendo que era necessário, aliás, sempre reclamava das contas vencidas. A mãe também estava fazendo almoço, ouvindo
música e conversando com a amiga na face. A cozinha estava imersa em barulhos
diversos, que podiam fazer qualquer pessoa, mais sensível, ficar aflita. Ou
seja, os sons de sms, do face, whatsapp vindos do smartphone, de fato, competia com as panelas e, a música na maior altura. Era estimulo demais naquela casa.
Definitivamente, ninguém fazia uma coisa de cada vez. A condição para morar ali,
logo era tentar fazer tudo ao mesmo tempo. O pai saia do trabalho, porém, o trabalho não
saia dele; também, a mãe estava sempre apressada em fazer as obrigações e ficar
no smartphone postando suas últimas fotos. A serenidade e tranquilidade tinha
sido escanteada daquele lar. Nesse turbilhão de pressão, a tia chega para uma
visita de rotina; como de costume, perguntou se o sobrinho havia tomado o
remédio para a hiperatividade. Ou seja, o mesmo foi diagnosticado com TDAH. Enfim,
ai pergunto: E o remédio dos pais?
Marcos Bersam
Psicólogo
email: marcosbersam@gmail.com
skype: marcos.antonio.mello.bersam
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